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29 de jun. de 2014

GASLIGHTING: Alguém está tentando fazer você enlouquecer?

Mais uma palavra para nosso Dicionário Feminista: GASLIGHTING

“De vez em quando eu penso em todas as vezes que você me ferrou, mas me fazia acreditar que era sempre algo que eu tinha feito”. Kimbra canta isso na música “Alguém que eu costumava conhecer” do Gotye. Na psicologia este fenômeno é chamado “Gaslighting”.
O Objetivo de quem promove este tipo de violência emocional é remover a credibilidade da parceira, atribuindo suas queixas e desconfianças a uma psicose, desta forma não só ela mesma vai crer que é louca, mas todos ao seu redor também. Gaslighting é usado para se referir a qualquer tentativa de fazer outra pessoa duvidar de seu senso de realidade.
O agressor levanta informações falsas com a intenção de causar duvida na vitima. A vitima passa a duvidar de suas próprias memórias, percepção e sanidade. As formas de apresentação desta agressão podem ser…
1-   A simples negação por um agressor que os incidentes abusivos anteriores já ocorreram;
2- A realização de acontecimentos bizarros por parte do agressor com a intenção de desorientar a vítima.
Gaslighting significa “fazer alguém enlouquecer”. E com esta tática de desmentir as memórias do outro, é bem fácil mesmo fazer isso, uma modalidade de culpabilização da vítima.
“Ele mentia patologicamente, parecia estar encenando com perfeição uma trama, e mesmo em situações que eu tinha certeza da verdade, enquanto ele tentava me convencer, eu chegava a acreditar nele e culpar-me por estar acusando ele, momento depois da conversa eu me sentia confusa, como se a minha verdade não fosse tão verdade, como se os fatos não provassem mais o que eu sabia”. (Eduarda)

“Enquanto eu o interpelava a respeito de uma situação de traição ele me disse que eu estava ficando doente de tanto ciúmes, que eu estava paranoica, que eu… estava enlouquecendo e precisava de ajuda psicológica urgentemente, comecei a achar que era verdade, que estava ficando louca. Não fosse alguns dias depois uma situação que comprovasse a traição dele, eu talvez estivesse ainda pensando que estava desequilibrada.”  (Eduarda)
Com certeza alguns leitores e leitoras ao ler este texto dirão: “Ah, mas isso não é especificamente uma violência machista”. Não, uma mulher pode fazer a mesma coisa, mas levando se em consideração a opressão machista sobre a mulher, quem esta em maior chance de ser vitima?
Em abril de 2012 surgiram denuncias de estupro contra militares nos Estados Unidos. Lembram se? Se não, podem ler aqui.
Uma das mulheres é Schroeder que relatou que um companheiro da Marinha a seguiu até o banheiro, em abril de 2002. Ela diz que, em seguida, ele deu um soco nela, arrancou as calças dela e a estuprou. Quando ela relatou o que aconteceu, a um oficial superior, ele rejeitou a alegação, dizendo: “Não venha reclamar para mim, se você teve sexo e mudou de ideia”.
Stephanie Schroeder, Anna Moore, Jenny McClendon e Panayiota Bertzikis foram às mulheres que levantaram as denuncias e para serem desacreditadas e com isso protegerem os homens que cometeram tal crime, foram diagnosticadas com transtorno de personalidade e consideradas inaptas para continuar no corpo de fuzileiros.
“Eu não sou louca, eu sou realmente normal.” (Schroeder)
“Lembro-me de pensar que isto este diagnóstico era um absurdo, completamente ridículo Como eu poderia ser emocionalmente instável? Estou perfeitamente lúcida, especialmente considerando tudo o que aconteceu”. (McClendon)

Percebam como esta prática é extremamente conveniente, desacreditar mulheres, catalogá-las através de diagnóstico de terem algum grau de psicose, e livrar se delas sem precisar ir a fundo às investigações e punição dos culpados, que “pasme”: São homens.
Robin Stern, autor de O Efeito Gaslight, diz que sinais de que você pode ser vitima de gaslighting incluem constantemente perguntar se a si mesmo “estou muito sensível?” Como relata Eduarda, “Todas as nossas brigas eu pensava comigo mesmo: ‘Devo estar de TPM.’ Por que no final de cada briga eu me culpava e achava que estava errada, ele sempre tinha razão”; Inventar desculpas para amigos e familiares para justificar os comportamentos do seu parceiro, outro sinal é a ausência da capacidade de tomar decisões sozinhas como relata Eduarda “Ele cuidava das finanças, meu salário ficava todo na mão dele, por que eu não acreditava que era capaz de gerir o meu próprio dinheiro, quando me empoderei e resolvi tomar de volta esta responsabilidade para mim ele fez chantagem dizendo que eu não confiava nele, foi muito difícil tomar de volta esta tarefa de gerir meu próprio salário, por que eu me sentia culpada, sentia que estava sendo ingrata com ele.”

Se você se reconhece nesta situação, procure ajuda de um profissional, Gaslighting é uma opressão poderosa, e não é fácil superá-la sozinha.
 *Eduarda é um nome fictício de uma seguidora que preferiu manter se anonima.
  1. Referência: Gass, G., & Nichols, W. (1988). Gaslighting: A síndrome marital Contemporânea Terapia de Família, 10 (1), 3-16 DOI: 10.1007/BF00922429
  2.  Rape victims say military labels them ‘crazy’ http://edition.cnn.com/2012/04/14/health/military-sexual-assaults-personality-disorder/index.html  
Origianal: http://feminismosemdemagogia.com.br/gaslighting-alguem-esta-tentando-fazer-voce-enlouquecer/

31 de jul. de 2013

Nada


“— Que foi?

— Nada. (Paixão, solidão, amor, lição, trabalho, calor, frio, vento, sono, fome, coração partido, promessas, amizades, distâncias, angústia, vontade de chorar, quero um abraço, preciso gritar, minha mente está uma bagunça, eu amo você.) Nada mesmo.”

Caio Augusto Leite

15 de jan. de 2013

Ela Cigana


~ Ela, cigana ~

Sou mulher do tempo, guiada pelo vento;
sou mulher do Sol e amante da Lua;
sou mulher da rua.

Sou mulher da luz e da escuridão,
minha casa é a imensidão.

Sou feiticeira antigamente perseguida,
mas ainda, por muitos, temida.

Sou andarilha sempre em busca,
guerreira sempre na luta.

Sou mulher de escolhas e de opinião,
vejo o destino na palma da mão.

Sou mulher de muitas diretrizes,
traçadas por minhas cicatrizes.

Sou mulher de corpo frágil,
mas de alma forte.

Sou a força de toda uma vida 
e prova da inexistência da morte.

Se um dia eu cruzar seu caminho agradeça, moço, 
poucos têm essa sorte.
Nina Bispo

Sou mulher do tempo, guiada pelo vento;
sou mulher do Sol e amante da Lua;
sou mulher da rua.

Sou mulher da luz e da escuridão,
minha casa é a imensidão.

Sou feiticeira antigamente perseguida,
mas ainda, por muitos, temida.

Sou andarilha sempre em busca,
guerreira sempre na luta.

Sou mulher de escolhas e de opinião,
vejo o destino na palma da mão.

Sou mulher de muitas diretrizes,
traçadas por minhas cicatrizes.

Sou mulher de corpo frágil,
mas de alma forte.

Sou a força de toda uma vida 
e prova da inexistência da morte.

Se um dia eu cruzar seu caminho agradeça, moço, 
poucos têm essa sorte.


Nina Bispo

9 de mar. de 2012

Dia internacional da Mulher!

As manifestações no dia internacional da mulher foram das mais diversas.
Acredito que que os homens participaram como nunca parabenizando e presenteando as mulheres a sua volta.
E mais do que nunca também foi o dia para as mulheres reivindicarem respeito, igualdade, fim do machismo, melhores condições para gestação, parto, maternidade, cargos e salários e enfim...todos os setores em que nós mulheres ainda sentimos a desigualdade.
Para minha surpresa aconteceu uma manisfestação bem ríspida em relação aos parabéns e presentes, mulheres recusando, atacando e criticando muito.
Concordo que a data seja ideal para discutir e levantar todas as quetões femininas, também concordo plenamente que o dia da mulher seja todos os 356 dias do ano, que merecemos respeito a cada momento.
Concordo também que muitas das homenagens masculinas foram bem machistas e de muito mau gosto.
Como uma "homenagem" dos homens da Band que dizia que era dia do silêncio feminino, que as mulheres deviam ficar quietas no dia 8 de março e só os homens poderiam falar e então vem as homenagens de que a mulher é forte, é a tal etc.
Esquisito né?
Por outro lado, particularmente achei demais a recusa feminina dos parabéns.
Eu aceito sim os parabéns, os presentes, meu marido e irmão postaram no Facebook a seguinte homenagem:
"Parabéns a todas Mulheres desse planeta! em Especial a Minha..."



Agora que os homens estão atentando sobre a mulher, suas habilidades, importância e desenvolvendo respeito, sim, respeito, este nossa principal argumentação e exigência.
Ainda muuuito longe do ideal mas o que quero dizer é que o olhar e a atenção masculina começa a se voltar para esta questão e penso que devemos aproveitar né?
Quando negamos e xingamos os homens no momento do parabéns pelo dia da mulher, o cara nã entende nada! ...rs...e nem isso mais ele faz, deixa pra lá.
Por ser mulher, um ser muito especial, aceito sim os parabéns e continuamos na batalha, diária, por diretitos e principalmente respeito!
E compartilho pra quem quiser receber: Parabéns mulheres lindas, guerreiras e poderosas!

colhido no FB, é isso aí!



8 de dez. de 2011

Homens que lavam louça têm melhor vida sexual, aponta estudo

Mulheres espalhem a notícia!!!
Unir o útil ao agradávcel é tudo, não é?

Pesquisa da Universidade de Riverside diz que homens que partilham as tarefas domésticas com as mulheres melhoram a harmonia no casal

Um recente estudo da Universidade de Riverside, na Califórnia, aponta que os homens que partilham as tarefas domésticas com as mulheres melhoram a harmonia no casal e têm uma vida sexual mais satisfatória.

“Os homens que executam tarefas domésticas fazem as mulheres mais felizes”, disse para a agência France Presse Scott Coltrane, um dos autores do estudo, publicado no site da organização do Conselho das Famílias Contemporâneas (CCF, na sigla em inglês).

“As mulheres tendem a sentir mais atração sexual e afeição pelos maridos se eles compartilham as tarefas domésticas”, disse Joshua Coleman, psicólogo do CCF, que acrescentou, “ a partilha de tarefas domésticas está associada a um nível mais elevado de satisfação conjugal e sexual”.

O estudo concluiu que “quando os homens fazem mais tarefas domésticas, a percepção das mulheres sobre a igualdade e satisfação com o relacionamento aumentam. E, com isso, menos conflitos o casal deve enfrentar durante o relacionamento”.

Via Revista Alfa

11 de nov. de 2011

Não existe ex fotógrafa, uma noite especial

Dia desses fomos para Paraty, delicioso, a estrada, o mato, tantas árvores, paisagem aberta, horizonte.
Fomos ao Festival Internacional de Música Latina.
Um festival desse tipo era minha especialidade em fotografia antes de engravidar, para mim significaria muita diversão, curtição e uma deliciosa oportunidade de fazer boas fotos,  de me relacionar, pois fotografando rola uma troca muito boa com muita gente, com quem me vê fotografando, os fotografados, com outros fotógrafos, era muito bom.
Todo caso levei minha máquina, o que conseguisse fazer com meu filho junto estaria ótimo.
No mínimo iria curtir o show, coisa que também nunca mais eu fiz.
Quatro anos, precisamente, sem fotografar, sem ir a um show, sem sair na noite e com quase nenhum relacionamento.
Estava animadíssima.
Peguei minha pulseira de acesso, fui para o local indicado e meu filho já estava com sono.
O evento começa e eu também, sem jeito, fria, estranhando até meu próprio equipamento.
A cada clique o sentimento vai retomando.
Ganho o espaço junto aos outros fotógrafos, coloco o filho no Sling e o instinto renasceu.
Conclui: não existe ex fotógrafa!
Me senti viva, quente, o sangue circulando em meu corpo, satisfação.
Que prazer em compor as imagens, fotometrar, focar, brincar, experimentar.
Meu filho?
Continua no sling, andando comigo, fotografando comigo, acompanhando tudo.
Além de curtir o show e fotografar, curtia meu filhote, cheirando, beijando, brincando, conversando.
Foi muito especial.
Para eternizar estes momentos deliciosos, o fotógrafo João Rocha Braga Filho nos presenteou:
jgoffredo.blogspot.com
 





















Ele me chamou de canto e mostrou suas lindas fotos.
Foi uma surpresa muito feliz, pedi a ele e em 2 dias enviou-as para mim.
De quebra conheci mais de perto seu trabalho e pude desfrutar de suas belas composições.
Dia 05/11/2011, Paraty RJ, um dia muito especial guardado para sempre!
Obrigada João pelas fotos, obrigada Cauê por fortografar comigo.

João também escreveu sobre este dia e estas fotos, a visão do fotógrafo, muito bacana, confiram:

1 de nov. de 2011

Em SP, uma mulher é agredida a cada 7 minutos

Mas que triste realidade.
Este é um assunto dificíl de se conversar no dia a dia.
Não se acredita que isto acontece e principalmente com tanta frequencia, ainda há o cúmulo do machismo de dizer que a violência contra a mulher é culpa da mulher.
Só olhando de frente para esta questão com esta claridade dos números é que podemos refletir melhor e claro fazer alguma coisa significativa.
Déborah Gérbera

(O Estado de S. Paulo/iG/Folha.com) A cada dia do mês de setembro, 194 mulheres registraram boletim de ocorrência por lesão corporal no Estado de São Paulo. A cada hora, oito mulheres foram agredidas. Em todo o mês, foram 5.844 casos de violência contra a mulher registrados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) que, pela primeira vez, divulga os números da criminalidade contra as mulheres.
A divulgação atende à Lei Estadual nº 14.545, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin em 14 de setembro, que determina a organização de um banco de dados sobre índices de violência contra a mulher. Esse tipo de crime já era contabilizado nas estatísticas mensais divulgadas pela secretaria, mas não era discriminado.
Segundo a SSP, os dados incluem crimes registrados nas 129 Delegacias de Defesa da Mullher e nos Distritos Policiais comuns.

Em setembro, foram registrados seis homicídios dolosos de mulheres em todo o Estado e 16 tentativas de homicídio. No mesmo mês foram 48 estupros, 30 estupros de vulnerável e quatro tentativas de estupro. O Estado registrou ainda 5.844 casos de lesão corporal contra mulheres e 5.769 casos de ameaça. Logo em seguida vêm calúnia, difamação e injúria, com 1.258 casos. Maus-tratos representaram 56 casos e houve ainda 21 invasões de domicílio.
"Quanto mais detalhadas forem as estatísticas, mais saberemos a respeito do que ocorre no Estado. É positivo que possamos saber o tipo de violência que ocorre contra a mulher para podermos atuar de forma mais precisa", afirma a delegada-geral adjunta, Ana Paula Batista Ramalho.
Comparando-se com o total de agressões no Estado, as mulheres representam 37% das vítimas. No geral, são casos que envolvem brigas e disputas domésticas com o marido ou companheiro.
Leia na íntegra:
Uma mulher apanha a cada sete minutos (O Estado de S. Paulo - 26/10/2011) Em setembro, 194 mulheres registraram agressão por dia em SP (iG - 25/10/2011) SP passa a divulgar dados de violência contra a mulher (Folha.com - 25/10/2011)

Via Agência Patrícia Galvão

7 de out. de 2011

Líderes mundiais chamam atenção para o papel central da participação política das mulheres na democracia

ONU Brasil

As mulheres representam menos de 10% dos líderes mundiais. Em nível global, menos de um em cada cinco parlamentares é mulher. O percentual crítico de 30% de representação feminina nos parlamentos foi atingido por apenas 28 países.

Em evento de alto nível que aconteceu em 19 de setembro, durante a 66ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, mulheres líderes políticas fazem uma chamada forte para o aumento da participação política e tomada de decisão em todo o mundo.
 Destacando que a participação das mulheres é fundamental para a democracia e essencial para o alcance do desenvolvimento sustentável e paz em todos os contextos – durante a paz, nos períodos de conflito e pós-conflito e durante as transições políticas, as líderes vão assinar uma declaração conjunta com recomendações concretas sobre as maneiras de promover e avançar a participação políticas das mulheres.
Via Mercado Ético

Declaração Conjunta sobre o Avanço das Mulheres na Participação Política
Nova York, 19 de setembro de 2011

 Nós, as Chefes de Estado e de Governo abaixo-assinadas, Ministras de Relações Exteriores e Altas Representantes, afirmamos que a participação política das mulheres é fundamental para a democracia e essencial para o alcance do desenvolvimento sustentável e da paz.

Reafirmamos o direito humano das mulheres de participar dos governos de seus países, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidas, numa base de igualdade com os homens, e que todos os Estados devem adotar medidas afirmativas para respeitar e promover direitos iguais das mulheres de participação em todas as áreas e em todos os níveis da vida política.

Destacamos a importância crítica da participação política das mulheres em todos os contextos, em tempos de paz, incluindo, conflito e em todas as fases de transição política.

Reconhecemos que as essenciais contribuições das mulheres em todo o mundo continuam a colaborar para a realização e a manutenção da paz e segurança internacionais e para a plena realização dos direitos humanos, para a promoção do desenvolvimento sustentável e para a erradicação da pobreza, fome e doença. Mesmo assim, estamos preocupadas que as mulheres, em cada parte do mundo, continuam a ser largamente marginalizadas da tomada de decisão, como resultado de leis discriminatórias, práticas e atitudes, além de serem afetadas desproporcionalmente pela pobreza.

Reafirmamos nosso compromisso com a igualdade de direitos e a inerente dignidade humana das mulheres consagradas na Carta das Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em outros instrumentos internacionais relevantes de direitos humanos. Apelamos a todos os Estados a ratificar e cumprir suas obrigações sobre a Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW) e implementar plenamente a resolução 1325 do Conselho de Segurança (2000) sobre mulheres, paz e segurança e outras resoluções pertinentes da ONU.

Apelamos a todos os Estados, incluindo aqueles que emergem de conflitos ou em fase de transição política, para eliminar as barreiras discriminatórias enfrentadas por todas as mulheres, particularmente as mulheres marginalizadas, e encorajamos todos os Estados a tomarem medidas proativas para lidar com os fatores que impedem as mulheres de participar na política, tais como violência, pobreza, falta de acesso à educação de qualidade e cuidados de saúde, a dupla jornada do trabalho remunerado e não remunerado, e promover ativamente a participação política das mulheres, inclusive por meio de medidas afirmativas, se apropriado.

Reafirmamos e expressamos total apoio ao importante papel do Sistema das Nações Unidas para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, e damos as boas-vindas para a ONU Mulheres e, em especial, ao seu mandato.
São signatárias: Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff; Kamla Persad-Bissessar, primeira-ministra da República de Trinidad e Tobago; Hillary Rodham Clinton, Secretária de Estado dos Estados Unidos da América; Baronesa Catherine Ashton, Alta Representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança e Vice-Presidente da Comissão Europeia; Roza Otunbayeva, Presidenta da República do Quirguizistão; Lilia Labidi, Ministra de Assuntos das Mulheres da República da Tunísia; Helen Clark, Sub-Secretário-Geral e Administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; e Michelle Bachelet, Sub-Secretária-Geral e Diretora Executiva, da ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.
Via ONU Mulheres

6 de ago. de 2011

Os dois menores e MELHORES contos de fadas do mundo !!!

AMEI!!

1) Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu: NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
FIM!!!
(Luís Fernando Veríssimo)

2) Conto de fadas para mulheres do séc. 21
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Nem fo...den...do!
FIM!!!
(Luís Fernando Veríssimo)

8 de jun. de 2011

Conselho repudia declarações de Rafinha Bastos CQC sobre estupro

Gostei muito do texto, da matéria, muito bacana o trecho que lembra que a liberdade de um termina onde começa a do outro, o respeito está em extinção, infelizmente, e o desrespeito tem que ser combatido sempre.

Déborah Gérbera

Em comunicado, órgão afirma que a liberdade de expressão tem limites

São Paulo - O Conselho Estadual da Condição Feminina manifesta, via comunicado, seu "repúdio à manifestação em forma de ‘piada’ do humorista Rafinha Bastos" por conta das seguintes declarações: "toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia"; "Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um  crime, e sim uma oportunidade." "Homem que fez isso [estupro] não merece cadeia, merece um abraço", publicadas na Revista Rolling Stones, na edição nº 56, de 06/052011.

Rafinha Bastos: para mulheres feias, "estupro não é crime, e sim oportunidade"

Segundo o Conselho, "a liberdade de expressão, direito previsto constitucionalmente, encontra limite quando em choque com outro direito, que é o da dignidade da pessoa humana, que está acima de qualquer outro.

No caso, estamos a falar da dignidade da mulher, do direito assegurado internacional e nacionalmente de não ter sua imagem estereotipada, bem como ter o direito à escolha de com quem manter relação sexual".

Além disso, a nota diz que "a forma como a mulher foi tratada na mal-dita ‘piada’ induz e reafirma que o estupro não é crime, mas sim um favor, o que não se coaduna com um Estado de Direito Democrático e que ampara e garante os direitos fundamentais de homens e mulheres.

A conduta do humorista revela-se machista e preconceituosa, de conteúdo sexista e depreciativo da figura da mulher, encorajando homens, bem como fazendo parecer que o crime de estupro, hediondo por sua natureza, não seja punível".

2 de jun. de 2011

Marcelo Tas ameaça blogueira

O bunitinho quer ridicularizar e desrespeitar tudo e todos e tem que abaixar a cabeça? Que graça hein!
Confira nota do Yahoo


Ag.News

O apresentador não gostou de crítica em relação ao comentário sobre amamentação e ameaça blogueira com processo
Por Vanessa Paes Barreto, especial para o Yahoo!

Não resta nenhuma dúvida de que o programa ‘CQC’, do Band, quer mesmo é causar!
Ao tomar conhecimento por uma telespectadora de que mães promoveriam um “mamaço”, para defender a amamentação em local público, os engraçadinhos resolveram fazer piadas sobre quem amamenta na rua.

Nada satisfeita com a forma desrespeitosa como os apresentadores se referiram às mulheres que amamentam, a autora do blog ‘Escreva Lola Escreva’, escreveu uma dura crítica ao posicionamento dos rapazes.

Nada satisfeito com o que leu, Tas escreveu a seus seguidores no Twitter. “Alguém tem o link que mostra quando eu fui contra a amamentação? Leviandade navega em alta velocidade na rede. Leia tudo com cuidado”, filosofou.

E ele foi além, escreveu também um comentário no post. Segundo a blogueira ele a “ameaçou com um processo por calúnia e difamação”. Ela rebateu em seu microblog: “CQC tem toda a liberdade de expressão p/caluniar mulheres, mas eu não tenho o direito de criticá-los, é isso?”, questionou.

Leia aqui o post que irritou o apresentador!

31 de mai. de 2011

CQC assustam-se com tetas!

* As imagens deste post visam a familiarização do público com a amamentação
(Soube que tem gente que se assusta...)

http://cqc.band.com.br/videos7.asp?v=2c9f94b530439b9f01304436c059006e

CQC é um dos programas de TV mais famosos da atualidade.
Nunca assisti mas todo mundo comenta.
Esta semana ridicularizam o Mamaço, evento em pró da amamentação em público.
Os comentários ficaram centrados no ato de mostrar as tetas, alías referiram-se aos seios como tetas o tempo todo.
Nós mulheres, principalmente nós que amamentamos, temos orgulho de nossos seios, admiramos a perfeição da natureza e assim temos a maior intimidade de chamar nossos seios de peitos, mama e de teta também.
No CQC o termo teta tinha um tom de desrespeito, pouco caso e ridículo, longe dos nosso sentimentos de respeito.
Amamentar em público pra eles siginifica mostrar a teta, então o assunto ficou em torno de "mostrar as tetas"
Falaram em teta, aquele tetão, jogar o tetão na nossa cara...
Que amamentar em público é desculpa de mulher que quer mostrar o peito.
Atente para a palavra peito, sim, nesse momento foi usado este sinônimo.
Por que eles acreditam que quem amamenta quer mostrar o peito?
Ridicularizaram também a figura da mulher mãe ao falarem que a mulher mostrar aquele barrigão.
Que as gostosas não fazem isso. (?????)
Quem quer mostrar o peito geralmente são essas "gostosas" não quem amamenta né?
É o homem se "achando" o centro do mundo sempre!
Ele acha que ao amamentar nós mulheres queremos mostrar os peitos pra eles!
Não entendem de jeito nenhum que nosso objetivo é o nosso filho!
Na matéria sobre o Mamaço no Itaú Cultural no Estadão, vários homens deixaram comentários machistas e "moralistas" sobre a amamentação em público, até o fato de a mulher na foto principal ter tatuagens foi alvo de descriminação.
Confira: http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,grupo-fara-mamaco-apos-mae-ter-sido-impedida-de-amamentar-em-exposicao,715494,0.htm


Quêêêê mostrar os peitos pra vcs o quêêê?
Um homem, desconhecido está em último lugar na lista de importâncias de uma mãe.
O desconforto com a "teta" é tanto que sugeriam que colocássemos um lencinho em cima.
Quem se alimenta com um pano na cara?
Será que eles aceitam minha sugestão de colocar uma rolha de poço em suas bocas?

O barbudinho manifestou: Ah vai amamentar no banheiro!
Outro entendimento esquisito do homem sobre a amamentação.
Um infeliz colunista da Folha On Line também relacionou a amamentação com necessidades fisiológicas.
Link: http://folha.com/pj916122

Não sei nem o que dizer...Que associação é essa?
Amamentar é alimentar, nutrir, acalmar, acolher, confortar, amar, estou certa?
Que valores deturpados!
Não é?
Não existe mais programa de TV que não tenha mulher absurdamente siliconada semi nua, assim como em novelas, cinema, publicidade, revista, enfim em qualquer midia, e tudo bem, uma mãe vai amamentar seu filho no momento em que o bebê precisa e da forma que lhe for melhor rola essa moralidade toda.
O menininho da cara lisa ficou apavorado quando viu a fita do nascimento de sua prima, disse que parto normal é assunto de mães, só.
Tas igualmente assustado, mesmo sem ter visto a cena, concorda que não é lá uma boa visão daquele "tubo infecto", referindo-se a vagina.
(?) Ãh...que estranho homens falando com esse ditanciamento, nojo e incômoco das partes mais femininas do corpo da mulher, do que nos fazem mulheres e dos momentos em que exercemos nosso ápice feminino: o parto e a amamentação.
Acredito que esse tipo de homem morre de saudades dos tempos gloriosos em Roma, quando sexo com mulher era somente para reprodução e prazer sexual eram com seus iguais: outros machos!

Link CQC: http://cqc.band.com.br/videos7.asp?v=2c9f94b530439b9f01304436c059006e

22 de mar. de 2011

Elas garantem o melhor negócio

Apesar de ainda representarem a minoria dos cargos de alto escalão nas empresas, as mulheres, segundo pesquisa realizada pela Rizzo Franchise, são as que melhor comandam, lideram e apresentam maior retorno em franquias. A porcentagem de faturamento sofreu aumento de até 32% a mais que as lideradas por homens.
Marcus Rizzo, fundador da empresa responsável pelo estudo, relaciona este feito ao fato de que as mulheres se dedicam mais aos negócios e são mais organizadas: “Os 32% de faturamento médio acima das franquias operadas por homens são muito significativos. A principal razão desta performance se deve ao fato de que as mulheres são mais dedicadas ao negócio. Boa parte dos homens franqueados está ausente do negócio, ao contrário das mulheres”
Outra característica importante apresentada por elas, segundo observação de Marcos, é a valorização dos funcionários, haja visto que as taxas de rotatividade e absenteísmo de pessoal são as menores, o que contribui para uma melhor formação das equipes.
Atualmente no Brasil, de um total de 160.272 franqueados, existem cerca de 61 mil mulheres liderando seus próprios negócios em franquias. A maioria delas está na faixa etária entre 36 e 45 anos. Marcus Rizzo estima que a participação feminina entre o grupo de franqueados poderá superar a masculina em um período de dez anos, pois o crescimento do gênero nesse mercado sofreu aumento de 10% nos últimos anos.

Principais causas para a escolha feminina de abrir uma franquia:

38% – Maior segurança e estabilidade para competir no mercado
27% – Trabalho mais próximo da família
23% – Mais suporte e ferramentas para operação
12% – Mais apoio na localização para instalar o negócio.


Algumas empresas apostam nas lideranças femininas para manter a boa imagem e o desenvolvimento da marca e de seus serviços, como a rede de clinicas estéticas Onodera. Elas representam 99% do público atendido pela empresa, e apenas mulheres conseguem abrir uma franquia, ou no máximo um casal. A dona da rede, Lucy Onodera, afirma que uma mulher deixaria suas clientes mais a vontade no momento de consulta pela satisfação dos serviços da empresa.

5 de mar. de 2011

Ser Mulher

Aqui entre nós, foi mau negócio, aquele de sair da costela de Adão; porque já começamos meio por baixo.
E olhe que tinha mais lógica sermos criadas primeiro, dado que em matéria de reprodução o macho é apenas um detalhe, mas enfim, agora não adianta mais.
Ele queria mesmo era criar o homem a sua imagem e semelhança. Nós éramos apenas um meio prático de produzir homens.
Ficamos com as crianças, a cozinha, o tanque, a cama. Somente coisinhas leves, apropriadas ao nosso frágil ser! Feitas sob medida para nos reter no seio do lar e evitar assim maiores danos ao mundo. Porque mulheres, vocês sabem, adoram uma encrenca. Decerto algum defeito de fabricação, manifestado preconceituosamente por Eva, claro, que foi logo cedendo a tentação da maçã, embora, gostasse muito mais de manga.
Não, sério: mulheres são constante ameaça. São Jerônimo, um padre muito cristão do século 4, já dizia que "a mulher é portal do demônio, o caminho da imoralidade, a picada da serpente, numa palavra: objeto perigosíssimo". E Tomás de Aquino, aquele santo que já no século 13 era tão importante para nossas ideias, afirmava que "a mulher foi criada para ser ajudante do homem, mas só na concepção...já que noutras questões o homem é mais bem assessorado por outros homens".
O que deve ser a mais pura verdade. Pois até a lei de Roma já dizia que em matéria de intelecto somos muitíssimo inferiores aos homens, equiparáveis apenas as crianças (não se ofendam, crianças.) E é por estas singelas e profundas razões que, tanto no Oriente quanto no Ocidente, desde a mais remota antiguidade, todos preferiam ter filhos homens.
Ele Inclusive.
E inclusive as mulheres, não só para agradar maridos como para evitar mais sofredoras no mundo. Em alguns lugares as recem nascidas eram sumariamente mortas, sabia? Até porque, se as deixassem viver, elas podiam durar muito. Dados estatísticos mostram que as mulheres vivem mais que homens, toleram melhor as dores e resistem mais as doenças. Não é a toa que, muito antigamente, virávamos bruxas, tínhamos pacto com o demo e até morríamos nas fogueiras da Inquisição...

É verdade que em alguns lugares ainda nos discriminam - as mães grávidas fazem uma ultra sonografia, se for menina abortam na hora; mas, deixando pra lá esses detalhes, a implicância conosco praticamente acabou.
Verdade, gurias! Por exemplo: a gente vota, pode ser prefeita, governadora, gerente de banco! Jornalista, então, nem se fala!
Ser Mulher, hoje, é ter dinheiro e cartão de crédito, poder dar queixa em delegacia especializada, divorciar, dirigir automóvel, consumir, se estressar igualzinho a qualquer homem e eventualmente parir e criar filhos.
O tal pacto com o demo caiu no esquecimento. Com o advento do feminismo nós mulheres até acabamos ficando por cima em certas situações, inclusive na cama, o que é muito mais cômodo para todo mundo mas muita gente ainda não percebeu.

Claro que ainda existe a maior pressão para que toda mulher case e tenha filhos, além de continuar trabalhando exaustivamente fora de casa. Tanto assim que dão festa, casa, carro, dizem que se casamento fosse só bom não precisava embrulhar os noivos para presente, chamar padre e os padrinhos, botar anel no dedo e assinar papéis diante de juiz, com testemunhos...

Ainda assim avançamos muito. Nos 90 predominamos nas universidades, e em 2000 todos nos querem para governar, administrar, chefiar. dizem que temos rigor, talento e sensibilidade, sabemos lidar melhor com as pessoas e somos mais justas, e assim nos dão 2/3 de todo o trabalho e só 5% de renda. Mas afinal, para quem saiu de uma costelinha, a coisa até que vai indo bem...

- Indo? E para onde senhoras?, interrompe aquele senhor desconfiado, temendo novos desastres caso não nos impeça a tempo.

Vejamos...Que tal a costa sul do Mar Negro, reeditar o império guerreiro das Amazonas?
Que mulheres! Não conviviam com homens, faziam tudo sozinhas. Amputavam o seio direito só para ficarem mais a vontade com o arco e a flexa. Quando queriam ter filhos elas "ficavam"  com seus vizinhos gargareus até engravidar, aí voltavam para casa. E se nasciam meninos, eram devolvidos aos pais...

Assustou, moço? Brincadeirinha. A coisa está apenas indo mesmo. Feito rio que corre para o mar, podendo desembocar numa praia linda, com sombra, água fresca, gente boa e muito lugar ao sol.

Deixem o mundo conosco e vocês homens vão gostar muito mais dele.

Do livro: Só para Mulheres
Sonia Hirsch