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30 de mai. de 2014

"EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!"

Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!"
(Martha Medeiros)

24 de set. de 2013

Por que as vezes aceitamos um amor não correspondido e outras vezes não?

Alguns estudos científicos sugerem que, quando algo é tirado de nós por motivo de força maior (uma lei, o fim de um relacionamento, uma restrição médica etc.), nosso cérebro nos faz acreditar que a nova situação vai ser boa. Outros estudos, porém, descobriram que as pessoas na verdade reagem negativamente e passam a querer a coisa proibida mais do que nunca. Qual dos lados está certo?
Na prática, sabemos que as duas coisas podem ocorrer. Mas o que vai determinar se será de um jeito ou de outro? Um estudo da Universidade de Waterloo (Canadá) e da Universidade Duke (EUA), publicado no jornal Psychological Science, sugere algo interessante: temos a tendência de nos rebelar contra uma regra ou situação quando achamos que ela não é definitiva – e aaceitamos mais facilmente quando ela parece ser pra valer.
Isso vale para qualquer situação, incluindo um amor não correspondido ou o término de um relacionamento. O que nos leva ao nosso assunto principal. Kristin Laurin, uma das autoras do estudo, explicou ao Psychological Science: “Se é uma restrição contra a qual eu realmente não posso fazer nada, então não teria nenhum sentido ficar batendo minha cabeça contra a parede tentando lutar contra isso. Seria melhor simplesmente desistir”. Porém, se existe a possibilidade de dar um jeito na situação, nosso cérebro faz com que queiramos ainda mais a coisa que nos foi proibida, para nos motivar a lutar por ela. É por isso que algumas vezes persistimos em um amor não correspondido e outras vezes desencanamos rápido.
O experimento
Para esse estudo, os voluntários leram um texto que dizia que o governo havia decidido reduzir os limites de velocidade nas cidades porque isso aumentaria a segurança da população. Mas um grupo foi informado de que essa lei iria entrar em vigor com certeza; outros, que isso provavelmente iria acontecer, mas que ainda havia uma pequena chance de ela ser derrubada.
Os maiores apoiadores da lei faziam parte do grupo que achava que o limite de velocidade iria ser reduzido definitivamente. E o grupo que acreditava que ainda havia uma possibilidade de isso não acontecer foi o que menos apoiou, com índices abaixo do grupo controle.
Amor não correspondido
Para Laurin, isso confirma que, se uma restrição é definitiva, as pessoas acabam encontrando uma maneira de viver com ela. E isso explicaria nossa reação a um amor não correspondido. Se a pessoa te dá uma negativa, mas você percebe sinais de que ela pode vir a mudar de ideia, seu cérebro não entende isso como um “não” absoluto. Antes, você vai nutrir a ideia de que pode fazê-la mudar de ideia – e isso só vai fortalecer o seu desejo e sentimento, fazendo-o acreditar que precisa lutar para alcançar o objetivo. Mas, se sentir que o “não” foi definitivo, seu cérebro vai acabar se convencendo de que você não gosta da pessoa tanto assim e vai desencanar. O mesmo acontece com o fim de um namoro e pode nos ajudar a entender por que alguns levam poucos meses para esquecer o coração partido, enquanto outros chegam a levar anos. É claro que há outros aspectos envolvidos, como o tempo e a intensidade do namoro e muitas outras coisas.Mas uma coisa é certa: se você achar que tem chances de voltar com o relacionamento, vai demorar mais para superá-lo. Fins definitivos podem doer, mas o seu cérebro vai te dar uma ajudinha nesse caso.


Como seu cérebro manipula você no quesito "paixão"

Já parou para pensar o que, exatamente, faz com que você se sinta atraído (a) por certas pessoas mesmo sem conhecê-las direito?  Ou por que aquela mulher ou aquele cara que você viu derelance parece muito mais bonita (o) do que realmente é?
Tudo isso pode ser explicado com base no funcionamento “secreto” do nosso cérebro – ou seja, toda aquela atividade que não chega até a nossa consciência.
No livro “Incógnito – A vida secreta do cérebro”, o neurocientista David Eagleman conta que realizou um experimento no qual exibiu lampejos de fotos de homens e mulheres a voluntários e pediu a eles que as classificassem quanto ao seu grau de atração. Depois, eles ainda as classificaram uma segunda vez, mas levando o tempo que quisessem para analisá-las.
O resultado mostrou que as pessoas eram sempre julgadas mais bonitas quando vistas de relance do que quando eram melhor analisadas. Isso é algo que provavelmente já aconteceu com você. Por exemplo, quando vê de relance um amigo conversando com outras pessoas e percebe que, no grupo dele, está uma mulher linda. Quando para parar falar com eles, porém, você descobre que ela estava longe de ser aquele poço de formosura que você havia inicialmente vislumbrado.
Estudos como o de Eagleman têm mostrado que esse tipo de engano é mais comum em homensdo que em mulheres, provavelmente porque a avaliação que eles fazem do que é atraente se baseia mais fortemente em fatores visuais.
Mas por que isso acontece? Por que nosso cérebro sempre erra para o lado de acreditar que as pessoas são muito mais bonitas, em vez de simplesmente calcular a beleza na média? Segundo o neurocientista, isso se deve às exigências da reprodução. Expliquemos melhor: para nós, supostamente é melhor julgar um parceiro em potencial como sendo inicialmente maravilhoso porque, para comprovar ou negar isso, basta dar uma segunda olhada e pronto. No entanto, se a pessoa fosse linda e você a julgasse como sendo feia de relance, iria perder o interesse – e poderia perder a chance de ter um possível futuro genético promissor. Ou seja, para não correr o risco de perder um parceiro em potencial, o palpite é sempre para o lado positivo.
Eagleman cita outros estudos que mostraram que homens acham mais atraentes fotos de mulheres com as pupilas dilatadas, embora esse fosse um detalhe extremamente sutil e imperceptível pela consciência. Mas há um detalhe: os homens não sabiam, mas pupilas dilatadas indicam interessesexual (pode reparar, suas pupilas provavelmente ficam maiores quando você está olhando para a pessoa em quem está atraído).
Por que isso acontece? Seu sábio cérebro captou esse sinal de receptividade muito antes de sua consciência e já lançou a mensagem para você: “essa pessoa vale a pena, invista nela!”. E aí ela passa a ser vista como atraente.
O que dançarinas de boate nos ensinam sobre o cérebro
A atração que outras pessoas exercem sobre nós também se adapta às circunstâncias. No reino animal, a fêmea dá sinais claros de que está no cio. As fêmeas dos babuínos, por exemplo, ficam com o traseiro com um rosa vivo que é entendido pelos machos como um convite claro para o acasalamento.
Entre os humanos, apesar de não ocorrer nada assim tão claro, as mulheres também são consideradas mais bonitas quando estão no período fértil. “Isso é verdadeiro tanto quando ela é julgada por homens quanto por mulheres, e o efeito funciona mesmo quando o teste é feito por fotos”, explica Eagleman. Ou seja, não depende da forma como ela age – somente de sua aparência.
Ainda não se sabe que sinal é esse que elas transmitem. Pode ter algo a ver com a tonalidade de sua pele, que muda durante essa época, ou ao fato de suas orelhas e seios ficarem mais simétricos. Nossa consciência não sabe ainda o que é – mas o cérebro sim.
E isso é um efeito mensurável. Cientistas do Novo México descobriam que dançarinas de boates locais ganhavam uma média de 68 dólares por hora em seu pico de fertilidade, enquanto as que estavam menstruando ganhavam apenas 35. A média geral era de 52 dólares.
Isso mostra que o poder da atração, apesar de estar além do nosso alcance consciente, já estádeterminado neurologicamente. O cérebro é muito bom na detecção de dicas sutis. Se você for medir as feições de uma pessoa que acha bonita com a de alguém que não acha, verá que a primeira apresenta uma simetria maior, mas que é tudo extremamente sutil. Um alienígena ou uma barata jamais entenderiam a diferença, assim como nós não saberíamos diferenciar um ET ou barata bonitos de outros feios. Para nós, eles têm todos a mesma cara – mas pesquisadores de baratas garantem que cada uma delas possui um rosto com traços particulares.
As pequenas diferenças em nossa própria espécie têm um efeito intenso no nosso cérebro, que está equipado para a seleção e busca de um parceiro. E, como escreveu David Eagleman, “tudo isso ocorre sob a superfície de nossa consciência – nós simplesmente desfrutamos das sensações agradáveis que borbulham dela.”

A relação entre amor e beleza


O amor e a beleza geralmente andam juntos na literatura, no cinema, na música. E no dia a dia: temos a tendência de achar a pessoa que amamos a mais bonita da face da Terra (conservadas as devidas exceções, é claro. Alguns exemplares humanos de rara beleza, geralmente residentes em Hollywood, ainda podem ocupar secretamente as primeiras posições em nosso ranking). Agora,pesquisadores ingleses descobriram que essa relação não é por acaso: amor e beleza ativam regiões semelhantes do cérebro.
O estudo, publicado em julho na revista PLoS ONE , foi conduzido por Semir Zeki e seus colegas do Laboratório de Neurobiologia da University College London, na Inglaterra, e pretendia analisar a resposta cerebral de 21 pessoas de diferentes culturas enquanto observavam obras de arte que consideravam belas. Eles tiveram de avaliar 60 pinturas e 60 composições musicais e categorizá-las como bonitas, feias ou indiferentes. Depois, foram expostos novamente a esses estímulos enquanto a sua atividade cerebral era analisada por um exame de ressonância magnética. O cérebro dos voluntários não mostrou nenhuma reação significativa quando eles eram expostos a obras que não achavam bonitas nem feias. As feias estimularam o córtex motor primário e a amígdala. Já a beleza estimula processos cerebrais bem diferentes.
Tanto pinturas quanto músicas consideradas bonitas ativaram com intensidade semelhante uma seção de 15 a 17 milímetros de largura do córtex medial orbitofrontal (além das áreas sensoriais correspondentes). Com base em pesquisas anteriores, que já relacionavam essa região com a percepção da beleza, os pesquisadores acreditam que pode haver uma íntima ligação nessa atividade com processos relacionados ao desejo, valor e beleza. Isso acontece, por exemplo, quando você acha uma coisa bonita, passa a desejá-la, e isso afeta o seu julgamento. A música parecia exercer um efeito mais rápido no cérebro, mas a arte visual tinha um efeito extra: ela também ativou uma parte do cérebro chamada núcleo caudado, que tem sido associada a sentimentos de amor romântico e se ativa quando vemos o namorado, por exemplo. E quanto mais bonito você considera o estímulo, mais a região se ativa.
Portanto, cinema, literatura e afins têm certa razão: a feiúra não tem ligação com o amor, pelo menos no que diz respeito à nossa atividade cerebral. Mas a beleza, sim.
A dúvida que fica, agora, é: amamos porque achamos bonito ou achamos bonito porque amamos?